As preferências dizem que é melhor estar solteiro


Por acaso você sabe o que realmente gostaria de encontrar em uma pessoa, ou simplesmente prefere deixar as coisas fluírem? Essa pergunta também pode ser associada à típica questão “qual seu tipo preferido”?

Supostamente, todos temos uma ideia de qual tipo de pessoa gostaríamos de estar, e são estas as características que nos atraem. Também é certo que ao longo do tempo estas preferências se modifiquem.

Com quase 25 anos eu percebo convictamente que minhas preferências mudam diariamente, talvez num colapso de hormônios e desejos subconscientes. Minha vida transcorre entre a universidade, boates, álcool, festas, amigos, ficantes, noites de sexo casual e coisas típicas.

Com este peculiar estereotipo pude “chamar a atenção” e me relacionar com garotos constantemente. Saí com alguns, disse não a outros, e também cheguei a me iludir.

O “pavor” que me gerou a este reflexo altruísta, chegou quando depois de sair algumas vezes, me dei conta que existe algum fator que me impede que as coisas simplesmente fluam como a maioria dos casais, pelo menos daqueles que conseguem ter uma relação duradoura – digo relações de um ano ou mais. O que será que acontece? Resta dizer que meu estilo de vida “party monster” tem muito mais peso do que eu mesmo posso imaginar.

Claro que eu me policio e tento passar para o seguinte nível para ter algo muito mais sério, mas me encontro questionando fatores que somente entrando neste assunto os encontro, como o pretexto que minha imagem não é precisamente a melhor, ou que meu histórico é um impasse, talvez as minhas perturbações psicológicas estejam formando uma barreira imaginável dentro de minha mente... é, talvez.

Então, buscar uma pessoa mais estável e com menos pavores mentais é tarefa para um quadro do Fantástico, parecido com o Medida Certa. Porque parece que ninguém pode ver algo sério comigo porque eu levo a vida de maneira ligeira, sem precisamente ir a algum lado especifico.
A ironia? A maioria das pessoas que eu encontro são iguais a mim.

Qual seria o problema agora?

Se você vai para festas, não leva a vida muito a serio e se converte em material pouco atrativo para uma relação duradoura, provavelmente eu irei identificar parte da minha vida em você e te pediria para ler o começo deste texto. Caso você for o bom moço, aquele que passa finais de semana em casa assistindo filmes, tem milhares de fotos com a família no Facebook, e deixa nítido como sua independência é perfeita, eu poderia me intimidar.

As nossas preferências se convertem então em algo totalmente mutável e imperfeito. Queremos alguém que não seja intenso e dramático, mas quando o encontramos, sua mentalidade confiada e um tanto despreocupada é traduzida como a quem não tem interesse por ninguém.  Dizemos que o físico não é tudo, mas não sairíamos com um feio, ao contrário, queremos alguém lindo.

Buscamos um “projeto perfeito” que encha nossas expectativas; inclusive eu, às vezes caindo em contradições ou deixando passar alguém que realmente vale a pena.

Não tem nada de mal mudar de ideia e ser seletivo, o que sim está mal é não ser coerente entre o que você pensa, o que diz e o que faz. Às vezes pensamos que modificar nossas atitudes e gostos para que se pareça com as dos outros e assim tenhamos coisas em comum nos ajudará., e na verdade pode ajudar! Qual o mal em agradar quem você gosta?

Tentar se completar com seu pretendente não é um pecado, mas pretender ser algo que você não é lamentável.

Só pra concluir o meu reflexo, que digo sobre preferências,  e que as minhas mudam constantemente. Acho que elas mudaram mais uma vez.
Quem quiser algo sério com você ou comigo, fará da forma que seja, demonstrando que o interesse  é por aquilo que somos e não o que fazemos, da mesma maneira que sigo pensando que este negócio de amor é tão difícil que prefiro seguir solteiro, entre minhas longas rodadas de cerveja em uma mesa de bar, até os livros em noites de insônia e sempre que possível, algumas taças de café. Alguém curte?


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